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A GATINHA LILI
A GATINHA LILI

Lili era uma gatinha muito desobediente.
Dona gata estava sempre lhe chamando a atenção, porque Lili nunca obedecia.
No quintal de sua casa tem uma árvore bem alta, Lili está sempre tentando subir na árvore.
__ Lili  desça agora mesmo desta árvore! Já lhe disse que é muito perigoso, você ainda é muito pequena! Falava dona gata nervosa tirando o seu filhote do tronco da árvore. Um dia Lili, eu não vou estar por perto para te salvar!
__ Mas que perigo pode haver em subir em uma árvore, mamãe?
__ Veja, eu consigo! Pulava Lili na árvore subindo até o topo sobre o olhar preocupado de dona gata.
__ Desça daí Lili, você me deixa louca com essa sua desobediência!
__ Hí mãe, você é muito medrosa, vê perigo onde não existe!
__ Já vi muitos gatos experientes ficarem presos em galhos de árvores, deixa de ser teimosa Lili e me obedeça!
E o tempo foi se passando com a gatinha Lili desdenhando dos conselhos da mãe.
Mas o que Lili não percebia era que a árvore ficava cada vez mais alta.
Até que um dia mamãe gata teve que se ausentar por conta de uma emergência familiar. Dessa forma teve que deixar Lili sozinha em casa, depois de fazer muitas recomendações.
__ Lili, enquanto eu não voltar não quero que abra a porta pra ninguém, não quero que saia lá pra fora, você entendeu, Lili  O perigo está por todos os lados, você promete que vai obedecer, filha?
__ Vai tranquila mãe, ficarei aqui bem quietinha!
O que a mãe não percebeu, é que Lili que sempre foi uma gatinha sapeca cruzou os dedinhos das patas quando prometeu que ia obedecer!
Dona gata se despede da filha e saiu trancando portas e janelas, gritando lá de fora.
__ Volto logo, se comporte!
Assim que Lili se vê sozinha, abre a janela e sobe no peitoral da janela para admirar o dia e diz:
__ É até um pecado ficar trancada dentro de casa em um dia como este tão lindo!
Lili fica pensativa por um tempo olhando o movimento lá fora, até que decide com um sorrisinho maroto nos lábios.
__ Mamãe disse para não abrir a porta, mas não disse que eu não podia abrir a janela, que mal há se eu sair só um pouquinho, tomar um pouco de ar lá fora, aqui dentro está tão quente! Volto antes de mamãe chegar, ela nem vai perceber que dei uma saidinha!
Lili deu um salto felino fugindo pela janela e diz:
__ Não tem nada melhor que a liberdade! Respira fundo, enchendo o peito com ar puro.
__ Há, que delícia! Vou dar umas voltinhas, esticar minhas patinhas!
E assim Lili fez, apesar das recomendações de dona gata, Lili mais uma vez desobedeceu as ordens da mãe.
O sol estava morninho, corria uma brisa deliciosa, Lili passeava feliz, mas ainda assim, preocupada. A filhote desobediente olha para um lado, olha para o outro e nada, nem sinal de dona gata. A atenção de Lili agora estava para a árvore toda florida no meio do quintal. 
Lili até lembrou-se das recomendações de dona gata, mas não resistiu e salta para cima da árvore ignorando os conselhos de sua mãe e parte em busca de aventura, entra por um galho sai por outro, a sensação era de estar entrando em um verdadeiro labirinto, cada galho era um desafio, Lili já tinha percebido que o caminho pra chegar ao topo da árvore estava cada vez mais longa e a escalada cada vez mais difícil, mas era isso mesmo que Lili gostava de enfrentar, o perigo, sentir adrenalina, ferver o sangue. Só que Lili não estava em um dia de sorte, ela se enganchou em um dos galhos da árvore, por mais que lutasse para se desembaraçar, mais enrolada ficava e para complicar, ainda tinha as linhas de pipas das garotadas, enganchadas junto com os galhos dos ipês carregados de flores. 
A gatinha Lili passou horas lutando, quando conseguia sair de um galho se enganchava nas linhas da pipa, até que chegou uma hora que estava totalmente mobilizada Lili pensou, e agora, o que fazer? Não tinha ninguém por perto para socorrê-la, o jeito era chamar mamãe e lá se pôs Lili a pedir socorro, quando lembrou com tristeza, que a sua mãe estava longe dali em visita a um parente doente. 
Lili estava apavorada, o pânico aumentou mais ainda quando vê uma cobra no meio das flores se aproximando. Nisso, dona gata está chegando em casa, quando viu a janela aberta levou um choque, entrou em casa com o coração sobressaltado, procurou Lili por todo canto da casa, saiu para o quintal e olhou para a gigantesca árvore com um mal pressentimento.
__ Não quero acreditar que Lili me desobedeceu outra vez! Resmungou dona gata, irritada.
Mamãe gata sabia a filha que tinha e lá foi ela escalar a árvore para resgatar a filha, encontrando-a toda enrolada e amordaçada pela linha da pipa, dependurada em um dos galhos da árvore.
Dona gata com toda sua experiência e habilidade conseguiu tirar Lili do enrosco que tinha entrado, salvando a filha que estava prestes a ser atacada por uma cobra que estava pronta para dar o bote na presa fácil. Lili estava gelada de medo, jamais tinha sentido tanto pavor, tinha visto a morte de perto, se a mãe não chegasse naquele exato momento, àquela hora estaria no bucho da cobra.
Desse dia em diante nunca mais Lili quis saber de aventuras, os seus dias de desobediência ficaram para trás.
Agora, era ela uma gatinha obediente que temia o perigo, passando seus dias tentando esquecer o pesadelo vivido.
 
 
Dilma Lourenço Moreira
 
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