O PRAZER DE LER E ESCREVER, É VIVER INTENSAMENTE 
A TARTARUGA RABUGENTA
A TARTARUGA RABUGENTA

Geni é uma tartaruga que reclama de tudo.
Se chovia!
__ Como chove nessa terra! Eu não sei pra que tanta chuva! São Pedro está querendo afogar a gente! Vê se fecha esta torneira ai, São Pedro. Ninguém agüenta tanta água!
Se fazia sol!
__ Mas que sol quente, é esse? Está querendo fritar a gente? Calma aí senhor sol! Mais um pouco e vai derreter o mundo!
Se fazia frio!
__ Ai! Ai! Minha carcaça está congelando! Não vejo à hora do tempo esquentar!
De longe se avista o jabuti, que vem se aproximando de mancinho.
__ Oi Geni, como vai essa força?
__ Não estou bem não, seu jabuti. Esta friagem está me matando!
__ Não liga para ela não, seu jabuti. Tempo nenhum é bom pra Geni!
Dona sapa se intromete na conversa.
__ Há, dona sapa. Não seja injusta, pra gostar desse tempo frio tem que ser masoquista.
A sapa rebate tentando fazer a tartaruga entender que todas as estações são importantes.
__ Geni, é preciso ter paciência com a natureza! Também precisamos da chuva que rega a terra, do sol que nos aquece e até mesmo do frio que nos faz procurar aconchego. Esse é um bom momento pra reflexão, reunir a família, compartilhar com nossos entes queridos, os nossos sucessos, as nossas alegrias e até mesmo os nossos problemas, e por que não?
A tartaruga Geni já enfezada com toda aquela falação, responde pra a sapa, indignada:
__ E o que eu ganho enchendo a minha casa com familiares?
__ A senhora, dona tartaruga, não estava se queixando do frio? Reunir a família vai encher sua casa de calor afetivo. Temos que aproveitar as oportunidades que a vida nos oferece e não ficar perdendo tempo reclamando com coisa que não são da nossa ossada. Esse é um fator da natureza que temos que respeitar, e mais, dona tartaruga, é preciso agradecer a beleza que está em nossa volta, tudo isso nos foi doado pelo autor da vida, que é Deus. Desfrute de toda essa beleza que está diante de nossos olhos e aprenda a dar graças ao nosso benfeitor maior. Desculpe-me, dona tartaruga falar com a senhora dessa maneira, mas uma coisa que me tira do serio, são pessoas mal agradecidas.
Dona tartaruga olhou bem nos olhos de dona sapa, o jabuti até se afastou diante do olhar nervoso da tartaruga Geni.
__ Geni, não fica brava comigo! Pediu a sapa, sentindo o clima dos nervos da tartaruga esquentar.
__ Está tudo bem, dona sapa! A senhora tem toda razão! Eu que tenho que me corrigir, ficar reclamando de tudo o tempo todo realmente se torna chato, o defeito está dentro de mim, não na natureza. É que eu já estou velha, cheia de dores, por isso estou sempre infeliz.
Dona sapa torna a falar:
__ É infeliz porque quer. Está sentindo dores, vá ao médico, vá se tratar. A felicidade está ao alcance de todos, mas primeiro é preciso à gente se amar, é o que eu acho que está faltando pra senhora, minha amiga! Olha a sua volta! Como pode alguém ser infeliz vivendo em meio de toda essa beleza.
__ É, dona sapa, a senhora está com a razão! A amargura está dentro de mim, mas nem por isso tenho o direito de encher os ouvidos dos amigos com as minhas rabugices, nem eu mesmo tinha percebido o quanto estava sendo desagradável.
__ Pois é, amiga Geni. Tem gente que se acostuma a reclamar da vida e esquece-se de agradecer a própria vida. Finalizou o seu jabuti.
 
 
Dilma Lourenço Moreira
 
 
 
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